quinta-feira, 17 de abril de 2014

Livros: História das crenças e das ideias religiosas!

Eu gosto muito de ler e quero estar compartilhando as minhas aquisições e impressões em postagens específicas para isto!

Eias a primeira, trata-se de uma aquisição!

Serie de livros publicados pela Editora Zahar e escritos pelo escritor Mircea Eliade!

Logo que tenha lido, publicarei as impressões


Habemos livros!!!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

ESBOÇO DE MENSAGEM: As 4 características dos "Mais que Vencedores"


Mensagem pregada no dia 01/12/13 na Igreja ABA Curitiba
Pr. Iverson Santos


AS QUATROS CARACTERÍSTICAS DO “MAIS QUE VENCEDOR”!

35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro.
37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

Introdução

Uma das constatações que faço em cima do que tenho visto nos últimos dias é que existe um enorme  estado de derrotismo que  apossou-se da vida de muitas pessoas. É muita gente derrotada do ponto de vista emocional. São pessoas que já desistiram da vida e estão vivendo por viver não tendo nenhum propósito na existência. As lutas, as derrotas, os fracassos na vida transformaram muitos em “zumbis” como os da séria “The Walking Dead”

Gente que ainda tem a vida ponto de vista biológico, mas vive como se a não tivesse, andando sem propósito, sem nenhuma esperança, sem nenhum sonho, e como diria o cantor, “com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar”.

É o “apocalipse Zumbi” instalado sobre a face da terra trazendo inclusive um paradoxo se compararmos as nossas muitas condições econômicas e materiais com as de antigamente. Quase não dá pra entender como possuímos mais condições e ainda assim, aumentam vertiginosamente o nosso número de “auto-derrotados” que caminham nas ruas.

Por outro lado, temos visto exemplo de pessoas que não desistiram mesmo tendo muitos motivos para isto.  Muitos destes passaram por momentos infelizes, mas conseguiram transformar a suas vidas e uma felicidade plena.

As “Para-Olimpíadas” 2009 mostraram um caso deste. Um rapaz  de Bragança Paulista  que nasceu sem os pés e sem os braços. Poderia ser um derrotado na vida, um miserável melancólico como muitos que vemos nas esquinas das grandes cidades, mas ele decidiu o contrário. Faz faculdade de Educação Física, aprendeu tocar bateria e foi na ocasião  o maior ganhador de medalhas nas Para-Olimpíada, além de ser um dos bateristas da sua igreja.


A forma como nos comportamos em meio as dificuldade ditarão o que seremos.

Outro exemplo é a poeta e compositora Fanny Crosby. Ela ficou cega aos seis  meses de idade! Tinha tudo, para ser “um nada”, alguém atolada na melancólia e na autocomiseração. Mas ela decidiu que teria uma vida diferente. Confiou em Deus, colocou o que tinha nas mãos de Deus, e tornou-se a maior escritora de hinos, tendo feito mais de 9.000. Estes hinos são cantados no mundo todo em várias línguas, entre eles: “Vivo Feliz, pois sou de Jesus”

Quando passamos por lutas, quando passamos por perdas, quando passamos por dificuldades, quando passamos por privações,  pelo vale da sombra da morte,  podemos desistir de tudo e dar cabo na vida como muitos fazem, ou podemos confiar em Deus e andar na direção da vitória, que está em Cristo Jesus. Podemos um morto-vivo derrotado, ou ser um vencedor,  um “Mais que Vencedor”!

Ninguém quer ser um perdedor! Ninguém quer ser um fracassado. Nós vivemos em busca da vitória! Você já viu alguém esportista entrando pra perder? Vivemos com a esperança de que seremos vitoriosos, vencedores na nossa vida. Queremos ter um casamento vitorioso, queremos criar filhos vitoriosos e vencedores, queremos que nossos negócios sejam prósperos e vitoriosos, queremos ter uma saúde, um corpo saudável e vitorioso, mas em alguns momentos, isto parece que não ser uma realidade.

Muitas situações difíceis da vida fazem com que pensemos que somos derrotados, fracassados! Chegamos muitas vezes duvidar do cuidado e do amor de Deus por nós.

O apóstolo Paulo sabia bem o que era viver dificuldades, lutas e privações, mas também sabia o que era ser vitorioso, “Mais do que Vitorioso”. Ele nos deixou alguns ensinamentos sobre isto.

Vamos ver o que Paulo nos ensina:


O “Mais que Vitorioso”  vive pela fé, e não pelo que vê;

O cristão é chamado a viver feliz a despeito da situação que está vivendo. Pode parecer loucura, mas só podemos dominar a situação, na medida em que ela não mais nos oprime na mente. Devemos viver não pelo que vemos, mas pelo que “cremos”.

Se em algum momento não vemos em nossa vida a provisão, o alimento, devemos então focar nossa fé nos banquetes celestiais que Deus tem para nós.  Se não vemos o dinheiro, a prosperidade, devemos olhar para Deus nosso pai, criador de tudo e de todos, dono do ouro e de todas as riquezas deste mundo. Quando a situação ao redor é contrária, devemos abrir nossos olhos da fé e olhar para as promessas de Deus nas suas palavras:

As circunstâncias físicas ao nosso redor  não podem ser o senhor da nossa fé. Temos que buscar enxergar além daquilo que o homem comum pode ver. As pessoas comuns não conseguem enxergar e vislumbrar o cuidado e o propósito de Deus! Mas nós, somos chamados a olhar pela fé e ver além daquilo que os homens comuns podem ver!

Abrãao, com 75 anos ouviu um chamado de Deus que ele seria pai de uma grande nação. Ele não tinha nenhum filho e sua esposa era estéril! Somente aos 100 anos é que ele vê essa promessa se cumprir na sua vida.  Mas neste tempo todo ele viveu crendo e em busca do cumprimento desta promessa! As circunstâncias físicas externas de Abraão eram totalmente contrárias à promessa recebida. Mas ele viveu olhando pela fé e não pelas circunstâncias.

Davi  foi ungido Rei quando ainda era um menino, pastor de ovelhas. Davi não tinha educação de rei, Davi não tinha idade de Rei, não tinha súditos como todo rei. Era o menor e o mais fraco dentre os seus irmãos. Sobre ele o profeta Natan diz: “eu te tirei de detrás das malhadas”  (1º Cr 17:7) Mesmo tendo todas as circunstâncias desfavoráveis Davi creu naquela promessa e passou a olhar o futuro com os olhos de Deus. Um dia, não muito tempo depois Davi sentou-se no trono de Israel e teve uma coroa colocada sobra a sua cabeça.

Somos chamados a olhar pelos olhos da fé!

Quem sabe as circunstâncias da sua vida neste exato momento são adversas. Teu casamento pode parecer um fracasso! Tua vida sentimental parece ser uma derrota um fracasso! Tua saúde está debilitada e os médicos quem sabe já não encontram mais solução pra você! Quando você olha pra seu esposo, para seus filhos você os enxerga entregues aos vícios. Quem sabe as circunstâncias reais da tua vida sejam totalmente adversas.

Mas Deus nos chama a olhar para estas circunstâncias não pelo olhos carnais, mas pelos olhos da fé. Os “Mais que Vencedores”, não se deixam ser levados apenas pelas circunstâncias físicas, mas eles olham pra elas com os olhos da fé em Cristo Jesus que nos faz mais que Vencedores.



2) O “Mais que vencedor” Sabe que  tem e terá lutas, mas sabe que elas são temporária e que Deus as usa  para o seu crescimento;


As lutas forjam o nosso crescimento. Em meio as lutas nós podemos crescer. Temos inclusive que agradecer a Deus pelas lutas e não blasfemar e murmurar.

Jesus quando acabou de ser batizado, sua primeira missão foi passar por uma luta, onde ficou privado de alimento, privado de companhia e ainda passou por forte tentação.

O Ap. Paulo dizia que se tinha que dar glórias a Deus de algo, seria das lutas que ele teve. Ele sabia que crescia em meio ás lutas. Veja o que ele diz:

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.
Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. (Rm 5:3-5)

As lutas são a escola de Deus para nosso caráter! As lutas, as dificuldades são os meios que Deus usa para nos limar, para nos aperfeiçoar, para nos deixar melhor. Assim como o ouro, somos purificados em meio ao fogo.

As lutas vem e virão nas nossas vidas, mas serão temporárias e nunca terão o poder de nos derrotar! Jesus já te fez um “Mais que Vencedor”. As dificuldades, em alguns momentos poderão te deixar assustado. Podem até te entristecer, mas não pode te derrotar.

Toda manhã, somos renovados pelo Espírito Santo de Deus, e as dificuldades de ontem, as tempestades de ontem, são extirpadas pelo sol radiante da manhã que trás um céu azul cheio de esperanças e promessas.

O Ap. Paulo fala: em 2 Corintios 4

Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;
perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; (2º Co 4:7-9)


Você não está sozinho! Deus é quem renova as tuas forças toda manhã e você sai para mais uma batalha diária, sabendo que as lutas são temporárias e sempre te farão maior e melhor!


3) O “Mais que Vencedor” não tira os olhos de Deus, mas segue firme em direção a vitória;


Certa vez um pregador disse:

“as lutas e tribulações, são aqueles monstros que aparecem em nossas vidas, quando tiramos os olhos de Deus”

Quando passamos por lutas, devemos ter no nosso coração a certeza da vitória que Cristo nos dá. Quando tiramos os olhos de Deus, corremos o risco de deixar de crer na vitória, passamos a “energizar”  o problema e dar mais força para ele. O crente não pode tirar os olhos de Deus nenhum minuto;

O crente não pode tirar os olhos do seu objetivo nenhum minuto. Na natureza isto fica demonstrado, quando os animais vão caçar. Eles focam o seu objetivo e mantém seus olhos preso no alvo!

Os grandes homens de Deus só foram grandes, por que não tiraram os olhos de Deus no meio das lutas e das tribulações. O evangelho nos  conta a passagem de quando Pedro andou no mar. Pedro viu a Jesus que vinha caminhando sobre as águas. Pedro quis ir até Jesus. O senhor o chama e então Pedro começa a andar sobre as águas! Ele caminha por um breve tempo, mas em um momento, ele tira os olhos de Jesus e passa então a olhar para a tormenta que está ao seu lado. Quando ele tira os olhos de Jesus e foca no problema, ele começa a afundar, até que o Senhor Jesus vem em seu socorro.

Pare de olhar para o problema, e passe a olhar para Jesus. Olho para o Senhor, que é de onde virá o socorro. O Salmista diz: “elevo meus olhos para o monte, de onde me virá o socorro, o meu socorro vem do Senhor” (Sl 121:1,2)

Deixa de energizar o teu problema toda manhã! Ao invés disto, olhe pra Jesus, o autor e consumador da nossa fé!


4) O mais que vencedor sabe que o amor de Deus é maior do que todas as coisas


O mais importante que devemos saber quando passamos por lutas e aflições é que Deus nos ama e é o maior interessando em nossa vida. O amor de Deus por nós é tamanho que ele nunca nos deixará desfalecer.

As vezes estamos sofrendo achando que estamos sozinhos, mas Deus está ao nosso lado, cuidado, nos cercando, deixando a gente passar pelo que tem que passar, mas nos preservando.

O Ap. Paulo diz em Romanos capítulo 8, a partir do

31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro.
37 Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
38 Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,

39 nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!
O amor de Deus é tão grande, que nada pode nos separar dele. Nem a morte, nem as lutas, nem as decepções, nem as fraquezas, literalmente, nada nos separa do amor de Deus.

Deus nos amou tanto, que deu por nós o melhor que ele tinha, o seu filho Jesus. Alguém que pagou preço tão alto pela nossa vida iria nos deixar?

Muitos vivem uma carência enorme de amor, mas não imaginam o quanto Deus os ama. O mais que vencedor, passa por luta, passa por dificuldades, passa por tribulação, mas tem a consciência que ele é objeto do amor de Deus.

Conclusão:

Quero concluir a biografia de Fanny Crosbby, alguém que teve as característica de um Mais que Vencedor:

Frances Jane Crosby (Southeast, Condado de Putnam, 24 de março de 1820 —Bridgeport, 12 de fevereiro de 1915) também conhecida como Fanny Crosby, foi uma compositora lírica conhecida por tornar-se a mais prolífica autora de hinos sacros conhecida, a despeito de ter sido cega desde criança.
Quando tinha apenas seis semanas de vida ficou cega por causa de um erro médico. Esta deficiência lhe acompanhou o resto de sua vida, mesmo assim, Fanny não se deixava abalar pelo problema. Sua convicção cristã não lhe permitia a melancolia. Esta certeza está nas letras dos seus hinos. Ela também já desde sua infância dizia que tinha um pedido para o seu Criador. Ao entrar no céu, o primeiro rosto que ela gostaria de ver, era o do seu Salvador.
A perspectiva mais acertada para uma pessoa assim, seria o fracasso. Mas não para aquela menina, que se tornaria a mulher mais famosa da hinódia norte-americana. Chegou a ser muito conhecida por cinco presidentes dos Estados Unidos. Aos oito anos demonstrava seu futuro brilhante, quando já escrevia poemas.
Fanny foi evangelizada por sua avó, que passava horas lendo a Bíblia para a menina, que demonstrava ter uma memória extraordinária: decorou diversos trechos do Livro de Rute e dos Salmos. Aos 15 anos, ela entrou para o Instituto de Cegos de Nova Iorque, para onde voltaria anos depois para ensinar Inglês e História. Como aluna e professora, Fanny passou 35 anos na mesma escola.
Em 1844, escreveu seu primeiro livro de poemas - "A Menina Cega e Outros Poemas". Uma de suas primeiras participações como compositora aconteceu em um dos cultos de Dwight L. Moody, um dos maiores pregadores da história do Evangelho, que realizava uma conferência na cidade de Northfielf, no estado de Massachussetts. Impressionado com o talento de Fanny, Moody pediu que ela contasse o testemunho pessoal de sua  e de seu relacionamento com Deus. Assustada, Fanny a princípio relutou, mas depois leu a letra de um hino que acabara de escrever: "Eu o chamo de meu poema da alma. Às vezes, quando eu estou preocupada, eu repito isto para mim mesma, e essas palavras trazem conforto ao meu coração, disse ela, antes de recitá-lo."
O hino, é verdade, não é citado em sua biografia, mas isso, de fato, pouco importa, já que poderia ser qualquer um daquelas centenas de cânticos que embalaram o avivamento americano no século XIX, período que ficou conhecido como O Grande Despertamento. Naquela ocasião, os momentos de apelo à conversão eram freqüentemente inspirados por palavras como as do hino Mais perto da Tua Cruz, composto por Fanny Crosby, em 1868.

Em 1858, Fanny casou-se com o professor de música e cantor de concerto Alexander Van Alstyne. Nessa época, ela havia deixado o ensino para acompanhá-lo tocando piano e harpa em apresentações públicas. Compôs diversas canções populares nesse período. Na mesma ocasião, a vida trouxe-lhe uma das maiores aflições que uma pessoa pode enfrentar: a perda de um filho. A criança, seu único filho, morrera ainda pequena.

Fanny Crosby, que ministrou e continua a ministrar ao mundo todo com suas mensagens que "tocam o coração", poucos dias antes da sua morte, numa visita de obreiros, disse estas palavras muito significativas:
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Creio que a maior bênção que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha visão externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que é enxergar, e por isso não posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha visão não foi perda nenhuma para mim.
Cquote2.svg
Fanny morreu em Bridgeport, estado de Connecticut em 12 de fevereiro de 1915, aos 94 anos.
Retirado da Wikipédia


As vezes, que não enxerga com os olhos físicos, enxerga muito mais com os olhos espirituais. Para alguns, quando as dificuldades lhes tiram os “sentidos e as condições físicas, só lhes resta, “os sentidos espirituais” e “a confiança em Deus”!

Ser mais do que vencedor implica em ter Jesus na vida e confiar Nele. Quando temos Jesus na nossa vida, podemos ser Mais que Vencedores. Que ser mais que vencedor? Em resumo, deixo quatro conselhos:

a)Viva pela Fé;

b)Saiba que as lutas são para o teu crescimento;

c)Não tire os olhos de Deus;

d)E saiba que o amor de Deus por você é maior do que qualquer luta e dificuldade, e é a única garantia de nossa vitória;


Curitiba, 01/12/13
Iverson Santos

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ESBOÇO DE MENSAGEM: O caminho do discipulado passa pela cruz!


Mensagem pregada na Igreja ABA Curitiba em 10/11/13 - Pr Iverson Santos



E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.
Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á. (Mateus 10:38-39)









O grande escritor Dietrich Bonhoeffer diz em seu livro DISCIPULADO, que não existe discípulo de Jesus sem  Cruz!

A cruz é o grande e o maior símbolo do cristianismo.

Hoje vivemos dias, onde em todos os aspectos, querem tirar a Cruz do foco do cristão!

A sociedade capitalista e hedonista dos dias atuais, tem feito um esforço enorme, pra tirar da sua vista os símbolos que possam remeter a uma ideia de dor, de esforço, de abnegação, de desprendimento em favor do outro!

Vivemos uma sociedade que somente busca o prazer. Vivemos uma sociedade que é “amante de si mesmo”, como diz o Ap. Paulo em carta para Timóteo:

Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (2 Timóteo 3:2-5)

Os homens dos dias atuais, não querem nada que signifique a negação de si mesmo!

Os homens dos dias atuais, não querem nada que signifique abrir mão de algo, em prol de alguém ou de alguma coisa! Os homens do presente dia querem passar longe de uma vida altruísta! Os homens dos dias atuais afastam-se daquilo que signifique, dor ou morte!

Durante muito tempo, imaginamos que esse pensamento, fosse o pensamento da sociedade secular e que a igreja de Jesus estivesse imune a isto.

Os tempos mudaram! A cultura capitalista desenfreada, bateu, arrombou as portas e hoje adentrou e se instalou dentro das igrejas!

Criamos uma teologia, onde “o homem e seu bem estar” está no centro das atenções.

Definimos chavões e “palavras proféticas” pra designar estas coisas e este processo de entronização do homem como centro de tudo:

Esta semana, vi algo na internet que reforça bem este conceito:

Dizem pra igreja: Deus quer te abençoar com muitos bens, pra que você seja feliz;
A bíblia diz:  Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. (Fp 4:11)

Dizem pra igreja: O plano de Deus é sua felicidade!
A bíblia diz:  O plano de Deus é minha santidade e a sua salvação

Dizem pra igreja: Você merece ter. Deus te levantou como cabeça e não como cauda
A bíblia diz:  O ter só faz sentido na minha vida se for para servir.

Dizem pra igreja: A verdadeira prosperidade pode ser medida pela quantidade de bens;
A bíblia diz:  Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você ajuntou? ’ "Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus". Lucas 12:20-21 e Mateus 16:26

Dizem pra igreja: O sucesso e a prosperidade material são sinais da bênção de Deus. O filho de Deus não é fraco!"

A bíblia diz:  "Disse Jesus: Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza... Pois, quando sou fraco é que sou forte". 2 Coríntios 12:9 e 10

Analisando aquilo que vemos na maioria das mídias cristã e comparando com aquilo que vemos na bíblica encontramos uma dicotomia!

A bíblia nos leva pra cruz, onde nossos desejos e vontades são mortos. O sistema nos leva pra uma vida onde somos um fim em si mesmo!

Vivemos então, entre duas visões, que são inclusive, excludentes uma da outra. Cruz, não combina com bem estar e vice-versa!

Jesus, diz que não se pode segui-lo sem carregar cada um a sua cruz.

Mas será que todos nós sabemos o que é carregar essa cruz? Será que entendemos realmente, o verdadeiro significado de carregar a sua cruz?

Desta feita, é de suma importância para qualquer pessoa que queira ser discípulo de Jesus, que entenda as características da cruz.

Quais são as característica de quem vive uma vida para cruz, uma vida na cruz e  uma vida pela cruz:

Vamos meditar em quais são essas características:


1-Quem carrega a sua cruz, o faz em direção à morte do eu..

Quem carrega a sua cruz em o faz em direção a morte, não pensa em sim mesmo, não busca o próprio contentamento.

Um morto não tem vontade. Seu corpo é levado pra todo o lado, sem que ele possa intervir. Ele segue, conforme os outros o levam!

Um morto, não tem sentimento. Não fica bravo, não gera e não guarda mágoa de ninguém! Já viu morto magoado com alguém?

Um morto, não vai tirar satisfação, quando afrontado.

Um morto não faz escolha. Aceita tudo, tranquilamente sem reclamar.

Nós somos chamados a carregar a cruz, por que já somos mortos.

O Ap. Paulo diz na sua carta aos Gálatas relata de forma cabal esse conceito:

Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Gálatas 2:20

Quem carrega a sua cruz, morreu pra sí, para viver uma vida dedicada a vontade de Cristo Jesus!


2-Quem carrega a sua cruz, o faz em obediência aos mandamentos de Jesus.

O verdadeiro motivo que temos para carregar a cruz, é por que este é um mandamento de Jesus!

Não é opcional! É imperativo, é mandamento!

Jesus, deu o exemplo quando ele obedeceu ao pai!

Podemos ver o exemplo de obediência na vida de Jesus, quando ele está no Getsêmani:

E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro. E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se. E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai. E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres. (Marcos 14:32-36)

Jesus, poderia ir embora, poderia não ter ido a cruz!

Poderia quem sabe dizer que não iria pra cruz, pois era um processo muito doloroso e ele não queria passar por aquilo!

Poderia não ir pra cruz, pois quem sabe, tinha recém comprado uma casa na praia e precisava curtir com os amigos e com a família.

Jesus quem sabe, poderia não obedecer ao mandamento do pai, pois entendia que tinha já trabalhado muito na vida, e que agora, aposentando, tinha que curtir a sua aposentadoria!

Jesus quem sabe, poderia não obedecer ao pai, por que aquele momento, era o momento de investir na carreira, por conseguinte, não sobraria tempo pra obedecer ao mandamento do pai, sobre morrer em uma cruz!

Jesus teria se quisesse inúmeros motivos e justificações para não obedecer ao mandamento do pai, de que ele precisava subir e morrer em uma cruz.

Mas Jesus, não era como nós somos!! Ele obedeceu ao pai, pois essa é a natureza de Jesus!

Jesus, sempre obedecia ao pai e este exemplo deve ser copiado nas nossas vidas.

Devemos colocar em prática o mandamento de carregar a nossa cruz e seguir a Jesus.


3-Quem carrega a sua cruz, o faz em aparente derrota, mas em realidade de vitória.


As pessoas, que olhavam pra Jesus, nu, machucado, ferido, imóvel, sem condição nenhuma de defesa, talvez possam olhar como  que para um derrotado, para um fracassado.

Aquele imagem de Jesus nu, pregado na cruz, é a imagem da derrota, do fracassado.

Essa imagem da cruz, com certeza, durante muitos anos, foi responsável por muitas pessoas não quererem ir pra cruz. Todo mundo evita derrota, o fracasso.

O Ap. Paulo escreve sobre esta aparente derrota:

Como está escrito:Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia;Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. (Romanos 8:36-37)

Paulo nos compara a ovelha que está prestes a morrer! Pelos olhos carnais, está destinada ao fim trágico de sua vida. Mas pelo olhos da fé, “é mais que vencedor, por Cristo Jesus!

Não olhe pra cruz como derrota. Que o Espírito Santo possa abrir seus olhos espirituais e você possa enxergar a realidade da vitória na cruz!


4-Quem carrega a sua cruz, o faz a fim de deixar um legado para os próximos.

Somos chamados ao discipulado de Jesus, para que venhamos a crescer e somos também chamados a discipular os outros a fim de que cresçam também espiritualmente.

Se vivemos uma sociedade que só pensa em si mesmo, muito disto é devido ao legado que temos deixado pra esta sociedade. O exemplo que temos refletido na sociedade é o exemplo de alguém que pensa em si, no seu prazer, no seu próprio contentamento.

Alguns, até vivem da forma correta, mas abrem mão de discipular,  de deixar um legado de exemplo para outras pessoas.

Nós somos chamados a sermos parecidos com Jesus Cristo, não recusando a nossa cruz, assim como Cristo, que não recusou a sua cruz. E somos ainda, chamados a fazermos discípulos parecidos com Cristo, que não recusem a cruz!

Carregar a cruz e vir após Jesus, deve ser um legado que temos que deixar para outras pessoas.

Não existe cristianismo que não seja comprometido com deixar um legado, com o fazer discípulo.

O mandamento de Jesus era pra fazer discípulos.

Você tem deixado um legado? Você tem feito discípulos? Você tem deixado a sua marca, a sua paternidade impressa na vida de outras pessoas?

Ou você tem se recusado tanto a ser discipulado, como a discipular?

O chamado ao discipulado, tanto é para ser discípulo, como para ser discipulador.

O exemplo de carregar a nossa cruz, deve ser um legado a ser deixado para os outros.

O Asaph Borba canta uma música lindíssima que fala disto:

Quem vê de longe não sabe, não sabe o quanto eu andei
Quem vê de longe não sabe , não sabe o quanto eu chorei
Quem vem de longe não sabe o caminho estreito no qual passei
Pra seguir as pegadas de Cristo, o rastro de quem me amou

Quem vê de longe não sabe, não sabe o que eu já vivi
Quem vê de longe não sabe, não sabe o quanto aprendi
Quem vê de longe não sabe o caminho, que Deus me ajudou trilhar
Pra deixar as pegadas na areia, E assim outros pudessem passar (2x),

Rastros de amor, foi o que eu segui, Rastros de amor, quero deixar aqui
Acima de todo o brilho do mundo, o exemplo é o que deve ficar
Para que aqueles que seguem, Meus passos nunca venham a se desviar

Rastros de amor, foi o que eu segui, Rastros de amor, quero deixar aqui
Acima de todo o brilho do mundo, o exemplo é o que deve ficar
Para que aqueles que seguem meus passos, Nunca venham a se perder
E como Jesus possam ser




Somos chamados a fazer discípulo, não segundo a nossa espécie, mas segundo Jesus Cristo!

Somos chamados a fazer discípulos não de nós mesmos, mas discípulos de Jesus!

Os discípulos de Jesus, seguindo o exemplo do mestre, receberam este legado da cruz.

Antes, quando Jesus falava sobre morrer, eles não compreendiam, eles não conseguiam imaginar e até não aceitavam que seu mestre viesse a morrer e morrer em uma cruz!

Mas agora, depois, terem convivido e terem vivido o discipulado com Jesus, depois de terem visto Jesus ser crucificado e ter ressuscitado, eles compreenderam o significado do verdadeiro do evangelho e da cruz.

Uma vez que entenderam e compreenderam, passaram a seguir as pegadas deixadas por Jesus! Eles pisaram os rastros deixado por Jesus. Todos eles, de uma forma ou de outra, sofreram na sua carne, da mesma forma como seu mestre sofreu!

MATEUS : Teria morrido à espada na cidade de Etiópia.
ANDRÉ  foi crucificado numa cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.
FILIPE Pregou na Frígia e morreu como mártir em Hierápolis. Foi enforcado de encontro a um pilar em Hierápolis (Frígia, Ásia Menor). 
BARTOLOMEU: Diz a lenda que ele foi morto a chicotadas e seu corpo foi colocado num saco, atado e jogado ao mar.  
SIMÃO : O Zelotes foi crucificado.
TIAGO MENOR: Pregou na Palestina e no Egito, sendo ali crucificado.
JUDAS TADEU: Diz à tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, E dessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.
PEDRO: Pregou entre os judeus chegando até a Babilônia, esteve em Roma, onde foi crucificado. Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição que seu mestre Jesus de Nazaré. Assim, morreu sufocado com seu próprio sangue. 
TIAGO MAIOR: Foi decapitado em Jerusalém.
JOÃO: Foi metido numa caldeira de azeite a ferver, em Roma, mas escapou ileso. Teve morte natural com idade de 100 anos aproximadamente.
TOMÉ : Morreu a flechadas enquanto orava.
PAULO: Foi decapitado em Roma por ordem do imperador Nero. 
LUCAS: Foi enforcado em uma oliveira na Grécia. 
MATIAS: Teria sido martirizado na Etiópia. 
TADEU: Não há relatos sobre a sua morte.

Os apóstolos todos seguiram os passos de Jesus, e deixaram pra nós estes rastros. Será que temos pisado nos rastros dos apóstolos de Cristo, ou temos pisado nos rastros dos apóstolos de Mamom????

Seguir com a nossa cruz, em exemplo de Cristo e deixar Rastros de Amor, para que outros possam passar!


CONCLUSÃO

Você não foi chamado a viver o falso evangelho voltado para o homem, voltado para as necessidades humanas!

Jesus morreu na cruz, para salvar a nossa vida, não para que sejamos ricos e felizes como nos mostra a mídia secular!

Jesus nos salvou, para que possamos carregar a nossa cruz, seguindo o exemplo de Cristo e fazendo novos seguidores e discípulos de Jesus!

Que neste dia, você possa refletir sobre seguir o exemplo de Jesus, de abrir mão de suas vontades, de seus direitos, de seus prazeres a fim de carregar a sua cruz e ir fazer discípulos!


Fiquem todos com Deus!

Iverson Santos.

terça-feira, 9 de julho de 2013

TEXTOS ANTIGOS - A cruz e o marketing!

Estou publicando um texto escrito por mim em Julho/2005 que ainda não tinha sido publicado neste blog!

Que Deus abençoa a sua vida!

Iverson
09/07/13



A Cruz e o Marketing

Iverson T. dos Santos

Curitiba, 29/07/05.

Ontem fui jantar com dois amigos que como eu trabalham na área de Marketing. Entre uma mordida e outra discutíamos o aspecto moral e filosófico da nossa área e entramos na velha discussão dos marketeiros e dos críticos do marketing. O marketing cria ou não necessidades? 

A responsabilidade do Marketing é criar produtos e soluções para as necessidades humanas. Mas quem cria as necessidades humanas ?

Eu e o amigo A,  batíamos na tecla que o marketing cria necessidades para depois vender soluções para as necessidades por ele mesmo criada.

Ora, hoje em dia ninguém mais vive sem celular, ninguém mais vive sem e-mail, etc e etc. Somos mais felizes ou  menos felizes dos tempos de antigamente em que não tínhamos tais produtos e serviços ?

Já o colega B, argumentava que o Marketing não cria as necessidades, mas apenas faz o homem enxergar tal necessidade que antes não via. Ora, discutimos, discutimos e não chegamos a lugar algum, apesar de eu crer piamente que criamos necessidades, na maioria das vezes supérfluas.

Enfim, deixei os dois discutindo e vim embora. No carro, fui para casa refletindo sobre o tema, transferindo o mesmo para a atual vida da Igreja.

A medida que o atual evangelho sofreu as influências da sociedade capitalista e marketeira americana, passamos a nos moldar e passamos a viver as necessidades criadas pelos tais. Infelizmente, ao invés de a Igreja influenciar o mundo, o mundo tem adentrado as portas das igrejas, com toda a sua fúria mercantilista.

Dizem alguns, que o homem vive para “evitar a dor e buscar prazer”. Diante disto o marketing cristão desenvolveu um evangelho que busca  suprir tais necessidades e além disto,  criou uma séria de outras necessidades que antes não tínhamos.

As atuais necessidades criadas são responsáveis por uma séria de frustrações. O modelo mercantilista que nos é imposto pela atual sociedade de consumo, modelo este que às vezes não podemos (e não devemos) viver, tem causado uma crise de desespero nas pessoas, uma corrida desenfreada onde o objetivo final é saciar uma necessidade que na realidade não temos.

Hoje em dia, jovens com dezesseis anos de idade estão correndo as clínicas de operações plásticas em busca das “faces”, “seios” e “barrigas tanquinhos” mostradas nas “Malhações” e nas “Caras”. Alguns destes até fazem parte dos grupos de jovens de igrejas evangélicas espalhadas por nosso país.

Dias desses, um jovem musico conhecido no país, passou algum tempo em uma CTI de um hospital recuperando-se de uma cirurgia que teve complicações, cirurgia esta,   para diminuir um pouco a barriga. Confesso que olhei para a barriga dele e olhei para minha e pensei que eu teria muito mais que tirar em se comparando. Mas o modelo estabelecido, requer as barrigas de “tanquinho”, para que se usem as calças de R$ 2.000,00 da Daslu que cada vez são mais baixas a fim de demonstrar mais ainda tais barrigas.

E quando tal modelo invade nossas igrejas?

Ora, me lembro dos meus tempos de criança, onde tínhamos um evangelho bíblico e vivíamos sem “batalhas espirituais”, sem “teologias da prosperidade”, sem “louvores extravagantes” ,sem “óleo ungido de Israel”, “sem bolos feitos com sal abençoado”, etc e etc. A medida que alguns enxergaram que poderiam fazer reféns os cristãos através de “produtos e serviços” oferecidos, estes passaram a usar tais práticas e hoje grande parte da cristandade não consegue se enxergar vivendo um cristianismo em que não possa “consumir”  tudo aquilo que ofereça prazer e os prive da dor.

Em contrapartida comecei a pensar em Jesus Cristo e no modelo que ele deixou, onde em vez de eu buscar prazer e me esquivar da dor, devo submeter a minha vida a cruz: (...quem não toma a sua cruz e não segue após mim, não é digno de mim...) A cruz é o lugar, onde não temos prazer algum e onde estamos sujeitos a dor, muita dor.

Viver uma vida ou um evangelho onde a única necessidade seja a minha satisfação própria e o meu prazer, nos torna sem sentido e sem propósito.

O Modelo deixado por Jesus é o modelo em que o homem abre mão da sua própria vida e prazer em detrimento de carregar a cruz. No modelo de Jesus, ele carregou uma cruz que não era sua, desta feita, deve o homem viver uma vida também para Deus e para seu próximo, como está na essência dos mandamentos.

Somente vivendo uma vida, em que a cruz esteja sempre presente nos nossos ombros, conseguiremos nos abster das necessidades criadas pela atual sociedade. Somente vivendo uma vida em que a cruz esteja diariamente presente nos nossos ombros é que conseguiremos servir a Jesus Cristo de uma forma verdadeira e correta, sem o troca-troca proporcionado pelo atual estado de mercantilismo cristão.

O mercantilismo na Igreja é um “espírito” que precisa ser exorcizado das nossas vidas através da cruz, mas não uma cruz que se compra em alguma igreja e se pendura no pescoço, mas, uma cruz que se carrega nos ombros do seu coração.

Que Deus nos proteja disto...

Iverson T. dos Santos